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economistas, como decidir onde investir o capital para satisfazer as
necessidades da coletividade?
Os planificadores nacionais respondem a essa crítica negando, inicialmente,
que o sistema de preços funcione desse modo. Os preços não se movem de
acordo com as necessidades de todo o povo, mas sim de acordo com o que
certas pessoas podem pagar. A função do sistema de preços, dizem eles, é
apenas satisfazer as necessidades de algumas dessas pessoas que têm o
dinheiro para pagar pelo que desejam.
A outra resposta dada pelos planificadores nacionais é que o preço do
mercado - uso mais racional dos recursos - é consideravelmente perturbado
no capitalismo, onde preços artificiais e controlados são provocados pelas
altas tarifas, subsídios, monopólios etc. Assim, o capitalismo puro, onde tudo
funcione suave e perfeitamente com o mecanismo de preços, nunca existe na
vida real, mas apenas nos livros dos economistas burgueses. Se funcionasse
tão bem, jamais haveria crises.
Argumentam os planificadores nacionais que têm uma forma de fazer a
oferta corresponder à procura. A Gosplan recebe mensalmente,
semanalmente, e até diariamente, relatórios de todo o país, que registram a
relação entre o que o povo procura e o que encontra. Suponhamos que o
plano preveja a produção de dois milhões de pares de sapatos e meio milhão
de casas novas. Suponhamos que cheguem numerosas reclamações de que
não há sapatos bastantes, ao passo que o povo não se preocupa com casas
novas. O plano não precisa ser rigidamente seguido. O trabalho e o capital
podem ser desviados da construção de casas para a fabricação de sapatos -
não imediatamente, decerto, mas tão depressa quanto na sociedade
capitalista.
Não obstante, há procedência na pergunta formulada pelos críticos
capitalistas. O que fará a Gosplan introduzir quebradores de carvão elétricos
ao invés de teares automáticos, quando não tiver capital para ambos? A
autoridade central tem de resolver o problema de distribuir recursos
limitados entre objetivos que concorrem entre si. Os russos tiveram de
admitir isso. Mas alegam que mesmo sendo impossível ter ao mesmo tempo
um planejamento nacional e um mercado livre, e mesmo se a ausência de um
preço de mercado livre não indica utilização mais econômica dos recursos,
ela proporciona muitas outras coisas. Os russos colocam a segurança,
igualdade e ausência de exploração, para os muitos acima da aquisição de
lucros, por maiores que sejam, para os poucos. Acham que uma distribuição
mais eqüitativa da riqueza é melhor do que as "duas nações". Preferem a vida
segura, sadia, bem ordenada, dentro de um sistema planificado, às crises e
surtos de uma economia sem planos.
O colapso ocorrido em 1929 é freqüentemente mencionado como uma crise
mundial. Dizem-nos que a paralisação da produção, com o desemprego e
miséria das massas, ocorreu em toda parte do mundo. Os russos, porém,
alegam que isso não é verdade. A crise varreu todos os países, com exceção
de um ela se desvaneceu nas fronteiras da União Soviética. Os russos
estavam protegidos pelo seu dique de uma economia planificada socialista.
Quando este capítulo estava sendo escrito, tivemos notícia de que fora
concluída a nova Constituição da U. R.S.S. Ela não foi posta em vigor
imediatamente. Teve, primeiro, de ser aprovada pelo povo de toda a União
Soviética, através de críticas, discussões, emendas. Eis aqui alguns pontos
importantes do primeiro esboço:
Artigo 1.0 - A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas é um Estado
socialista de operários e camponeses.
Artigo 4.0 - A base econômica da U.R.S.S. consiste na propriedade socialista
de todos os implementos e meios de produção, firmemente estabelecida em
conseqüência da liquidação do sistema de economia capitalista, a abolição
da propriedade privada dos instrumentos e meios de produção e a abolição da
exploração do homem pelo homem.
Artigo 11 - A vida econômica na U.R.S.S. é determinada e dirigida pelo
plano econômico nacional do Estado, com o objetivo de aumentar a riqueza
pública, da constante elevação do nível material e cultural dos trabalhadores;
do fortalecimento da independência da U.R.S.S. e sua capacidade defensiva.
Artigo 118 - Os cidadãos da U.R.S.S. têm o direito de trabalhar - o direito de
receber trabalho garantido, com pagamento desse trabalho segundo a
quantidade e qualidade.
"O direito de trabalhar é assegurado pela organização socialista na economia
nacional, pelo constante crescimento das forças produtivas da sociedade
soviética, pela ausência de crises econômicas e a abolição do desemprego.
CAPÍTULO XXII
Desistirão Eles do Açúcar?
O MUNDO ocidental se defrontou em cheio com o paradoxo da pobreza em
meio à abundância.
O que fazer?
Alguma coisa devia ser feita para fazer voltar à ordem o caos gerado pelo
colapso do capitalismo. O colapso foi total - viu-se esmagada a estrutura de
crédito, paralisada a indústria, milhões de desempregados, arruinados os
fazendeiros, e a pobreza imperando em meio a muitos - claro, lógico que
alguma coisa tinha que ser feita. O antigo sistema baseava-se no laissez faire;
o antigo sistema estava esmagado. Exigiam-se mudanças. Em vez do laissez-
faire organização e controle organizado. A vida econômica, deixada à sua
própria sorte, terminara em desastre. Não mais devia estar entregue a si.
Devia ser tomada pela mão e orientada.
"Devemos planejar!
E, se lhe defrontando em cheio o paradoxo da pobreza em meio à
abundância, o mundo ocidental, como a Rússia, voltou-se para o
planejamento. Mas havia uma diferença.
Na União Soviética, há produção para consumo; nos países capitalistas, há
produção visando lucro. Na União Soviética, aboliu-se a propriedade privada
dos meios de produção; nos países capitalistas, é sagrada a propriedade
privada dos meios de produção. Na União Soviética, o planejamento é geral
e abrange toda a esfera de atividade econômica; nos países capitalistas, o
planejamento é retalhado, tocando uma esfera independentemente das outras.
Na União Soviética, o planejamento é projetado por consumidores para
consumidores; nos países capitalistas, o planejamento é projetado por
produtores para produtores.
Enfrentando o paradoxo da pobreza na abundância, os países capitalistas
esboçaram um plano de ação para atacar o problema.
O plano era abolir a abundância.
Lembremo-nos dos títulos:
"Sacrificados milhares de leitões", "Reduzidos os campos de trigo",
"Plantações de açúcar reduzem produção". Tudo isso se fez de acordo com o
plano. A Agricultural Adjustment Administration (AAA) entrou em contato
com milhares de produtores de algodão, trigo, milho, porcos, fumo, açúcar
etc., por todos os .Estados Unidos; pagava- se a esses produtores para reduzir
sua produção - isto é, para que aderissem ao plano de abolir a abundância.
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